O físico Brian Cox, da Grã-Bretanha, está convencido de que, sim, estamos sozinhos – pelo menos na Via Láctea.
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“Há apenas uma civilização tecnologicamente avançada nesta galáxia e sempre foi assim – nós”, afirmou Cox, no último episódio de sua série “Human Universe”, levada ao ar pela BBC.
Seu argumento é que, dos caminhos evolutivos que a vida poderia tomar, a maioria não leva à inteligência. Para provar isso, ele cita dois eventos centrais.
Um deles é o desenvolvimento de organismos multicelulares. Estamos tão acostumados com plantas e animais complexos que é fácil pensar que a natureza já dominou sua criação.
Mas a vida de uma única célula, como a das bactérias, prosperou por 2,6 bilhões anos antes do primeiro organismo multicelular evoluir. A vida multicelular estava longe de ser inevitável. Foi, segundo ele, um golpe de sorte.
“Estamos confiantes de que isso só aconteceu uma vez nos oceanos da Terra primordial”, diz.
O segundo evento crucial é a extinção dos dinossauros, 65 milhões de anos atrás. Foi esse fenômeno que abriu o caminho para os mamíferos se tornarem os predadores de topo e principais animais da Terra.
Os dinossauros dominaram o planeta por cerca de 190 milhões anos, tempo 900 vezes maior do que os seres humanos modernos existem, sem mostrar quaisquer sinais de se tornarem seres inteligentes como somos.
E eles poderiam governar a Terra até hoje se uma série de circunstâncias infelizes não os tivesse deixado vulneráveis a uma colisão cósmica rara com um asteroide.
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Conclusão?
A vida inteligente é tão improvável que não poderia ter acontecido duas vezes.
Na contramão (mas nem tanto)
A opinião de Cox vai na contramão da maioria dos outros cientistas. Com a descoberta de mais de 1.800 exoplanetas lá fora, muitos pesquisadores acham que é questão de tempo até encontrarmos vida extraterrestre – embora essa vida possa ser totalmente diferente da que imaginamos.
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“Atrevo-me a dizer que a maioria dos meus colegas hoje acham improvável que, na vastidão ilimitada do universo, que estejamos sozinhos”, disse Charles Bolden, ex-astronauta e administrador da NASA.
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Cox, por outro lado, disse que não crê que estejamos sozinhos no universo, mas sim na nossa galáxia – na Via Láctea, ele sugere, somos supremos.
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